sexta-feira, 23 de abril de 2010


Pernambuco tem uma dança
Que nenhuma terra tem
Quando a gente entra na dança
Não se lembra de ninguém

É maracatu, não!
Mas podia ser.
É bumba-meu-boi, não!
Mas podia ser.

Mas será o baião, não!
Mas podia ser.
É dança de roda, não!
Quero ver dizer...

É uma dança
Que vai e que vem
Que mexe com a gente
É frevo, meu bem!

(Capiba, compositor pernambucano 1904-1997)

Em nenhum outro lugar do Brasil existe um ritmo tão típico e regionalizado, quanto o frevo pernambucano. “Mais do que isso, ele é uma marca do Carnaval de Recife e recebeu muita influência dos escravos libertos a partir de 1888. O negro, que sempre foi muito festivo e alegre, fez com que a sociedade percebesse seu direito de liberdade, demonstrando seu contentamento dançando nas ruas. O frevo é vibrante, emocional e participativo, características muito típicas do povo pernambucano.

Mistura de polca com dobrado, maxixe, marcha, quadrilha, o frevo é tão contagiante que faz o sangue ferver. Seu nome, aliás, vem do verbo ferver, que no linguajar do povo virou frever e passou a designar efervescência, agitação, confusão, rebuliço. Frevança é sinônimo de farra, de folia, de movimento de muita gente brincando. Quando um bloco passava com seu ritmo alucinante, as pessoas na rua diziam: “O caldeirão está frevendo”.

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